Coluna do Will

Provocação aos colorados mascarou a péssima atuação de Carlos Alberto e do time como um todo
Provocação aos colorados mascarou a péssima atuação de Carlos Alberto e do time como um todo

TROTE NA TORCIDA: O caso Kajuru parece ter afetado o time tricolor na partida contra o modesto León. Um time apático, errando muitos passes, aparentemente sem vontade e desligado do jogo. Foi isso que se viu no confronto de ontem (confronto este que praticamente enterrou as possibilidades do Grêmio de ser 1º do grupo, visto que o Junior de Barranquila venceu o fraco Oriente Petrolero e só com um milagre deixará escapar a 1ª vaga). A “brincadeira”(sic!) de Renato com Jorge Kajuru (que diga-se de passagem adora brincar, tanto escalando por “peixaria” como mexendo mal) custou caro ao desempenho da equipe. A torcida que esperava uma boa partida da equipe ficou a ver navios. O time parece ter sentido o “ar pesado”, não da altitude, mas o da relação que aparentemente ficou estremecida entre treinador e clube. Não fique triste, Jorge Kajuru. O trote não foi uma exclusividade sua. Ontem foi a nossa vez.

SE SOMOS ASSIM, NÃO É POR ACASO: A péssima atuação da equipe tricolor ontem a tarde colocou o Grêmio na eminência de enfrentar um dos 1º colocados na fase de mata-mata. É o que nos resta. Em 2009 enfrentamos times fracos na 1ª fase, goleamos, vencemos, tivemos a melhor campanha e erámos vistos como sensação na competição até a semifinal. Quem pararia o poderoso Grêmio? Aparentemente a América estava ali, nos dedos. Estava. Na primeira equipe mais “ajeitada” por assim dizer, faltou malandragem, faltou futebol e faltou LAPIDAÇÃO. O Grêmio foi eliminado por falta de “testes” mais qualificados. Este ano a coisa anda por um caminho diferente. Ao enfrentar equipes mais fortes na próxima fase (situação que fica exposta com o 2º lugar do grupo) o Grêmio poderá se lapidar como time que concorre a algo (por mais que seu futebol por enquanto não retrate isso). Em trajetórias vitoriosas de outrora sempre enfrentamos grandes equipes, realizamos partidas memoráveis, decidindo fora e sofrendo até o fim. Assim foi e sempre será com o Grêmio. Utilizando outro exemplo, em 2007 (por mais que o desfecho não tenha sido o esperado) enfrentamos grandes equipes (Cerro Portenho, São paulo, Santos) antes da grande final. Eliminamos estes concorrentes e chegamos “lapidados” na final. Infelizmente faltou futebol.
Quem sabe esta situação semelhante que se desenha para o Grêmio em 2011 não seja benéfica? Com o Grêmio tudo foi sempre na dificuldade. “Se for pra ser campeão, que seja da maneira mais difícil”. Esta frase dita por Jardel após levar 5×1 do Palmeiras, em partida histórica válida pelas Quartas de final da Libertadores de 1995 retrata nossa atual situação. Futebol ao Grêmio de 2011 não falta. O que falta é organização e lapidação. Será na raça, na vontade e na camisa. Sempre foi e sempre será assim. Isso é Grêmio!

Coluna do Will

Everton em 2007, marcando pelo Grêmio na 1ª fase da Libertadores
Everton em 2007, marcando pelo Grêmio na 1ª fase da Libertadores

Quando Jonas deixou o Grêmio, em meados de 2008 para defender a Portuguesa e buscar novos horizontes e oportunidades muita gente duvidou que ele poderia voltar, visto que na sua passagem pelo Grêmio e por outros clubes ele definitivamente não vingou. Ele voltou e como se não bastasse apenas fazer seus gols como atacantes geralmente fazem, sagrou-se como 5º maior goleador da história do Grêmio. Veio e venceu! A vida e o Grêmio deram uma segunda chance a Jonas que soube usá-la a seu favor. Com a sua saída do Tricolor, somada a atual recente lesão de um dos avantes tricolores, mais uma vez o destino contorna com cores vivas uma história que pode ter caminho semelhante.

Após passagem apagada pelo Internacional, o atacante Everton, ex Grêmio, se destaca jogo após jogo no Caxias por sua velocidade e poder de decisão. Há quem diga que ele é o jogador que se encaixaria como uma luva no atual esquema do Grêmio (tanto por ser fisicamente parecido com Jonas, como pela lesão que afastará André Lima dos gramados por quase 2 meses). É um jogador que teve seu momento no Grêmio e foi buscar novos ares. Está mais maduro, evoluiu e é totalmente diferente daquele atleta que jogou na Libertadores de 2007. Se direção procura um atacante para ser parceiro de Borges, cabe a investida. Lembrem-se: quando Jonas voltou, muitos torceram o nariz e foram obrigados a ceder ao potencial que Jonas demonstrou. O Grêmio precisa de um atacante de drible e velocidade, pois não possui isso no elenco (como ficou evidente na derrota para o Cruzeiro no sábado). Uma investida forte sobre tal atleta é totalmente válida. É novo e possui potencial. Seria Everton um “Novo Jonas”?

Coluna do Will

“HABEMUS TAÇA”: No apagar das luzes, como que num milagre divino daqueles que somente o Grêmio de Football Portoalegrense consegue realizar, a bola espirrou e sobrou para Rafael Marques que chutou com a força e a raiva acumulada de todos os 30 mil gremistas que estavam no estádio Olímpico naquela fatídica noite de 09 de Março de 2011. O jogo se resume a isso, a este momento, a este chute, a este gol. Houve cera, houve Goleiro/MITO se consagrando, houve muita reclamação, houve emoção do grande ídolo ao fim do jogo, mas o chute de Rafael Marques, raivoso e com a raça e força de um campeão marcou a noite. Marcou o 1º Bimestre tricolor no ano. Habemus Taça, o Grêmio é campeão da Taça Piratini!

“MAIS SORTE QUE JUÍZO”: Deixando de lado o folclore da Imortalidade, o Grêmio precisa urgentemente encontrar uma forma de jogar futebol quando Lúcio não estiver em campo. O que vimos na Quarta-Feira foi um time que sucumbiu a uma marcação não esperada e ao vigor de um time rápido e ofensivo simplesmente por não encontrar em Carlos Alberto e Gilson a jogada que fortemente utilizava quando Lúcio está em campo. Somamos a isso o fato do time estar ressacado pós carnaval (pelo que foi apresentado em campo agora já sabemos o que foi feito nos três dias de folga dos atletas gremistas) e algumas péssimas apresentações individuais. Os dias de Gilson como titular, Carlos Alberto desloacado no meio e de André Lima jogando com outro centroavante parecem estar contados. O campeão da Taça Piratini mostrou muito mais vontade, raça e detemrinação do que qualidade. Sobrou sorte ao Grêmio.

O DESTINO ESCALANDO O GRÊMIO..DE NOVO: Este mesmo colunista já citou Silas em crônica anterior, dizendo que o destino (em forma de lesões) escalou o Grêmio em situações anteriores. Parece que novamente o mesmo cenário começa a ser traçado. A lesão de André Lima e consequente parada por 40 dias, somada a volta de Lúcio após a lesão começam a clarear o horizonte e as possibilidades de escalação para Renato Portaluppi. André Lima é um excelente jogador. Se doa, é “matador” e tem a cara do Grêmio. Melhor ” 9″ não poderia haver. Não poderia, pois o Grêmio já tem Borges e seu oportunismo e força física. É um “problema bom” que Renato deixará de ter durante 40 dias. Quem sabe agora, sem a necessidade de ser obrigado a tirar um dos seus homens de confiança da equipe, Renato não enxerga e abre os olhos para o equívoco que estava cometendo em escalar dois centroavantes? Quem sabe agora, com a volta de Lúcio ao meio campo e consequente saída de Carlos Alberto, este mesmo não volte a atuar na posição que lhe deu o título da Champions League e do Mundial de Clubes no porto em 2004? Quem sabe? Só o destino poderá nos dizer. Novamente.

Coluna do Will

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SEGURANÇA: Vitória, Ufa! Foi suado, apertado, mas a vitória veio. Após longos 42 minutos de ferrolho  impenetrável, o Grêmio conseguiu os 3 pontos que vieram dos pés (e cabeça) da dupla dinâmica de  atacantes. Sinceramente, fazia bastante tempo que não sentia tal segurança que hoje sinto com  André Lima e Borges. Não pelo fato da dupla ser perfeita e por se completar (ainda tenho meus  receios de ambos juntos, acreditando que somente um deles jogando com um atacante de  velocidade renderia mais), mas por saber que quando a partida estiver feia, “encrespada”, lá na  frente temos DOIS atacantes que podem resolver a partida a qualquer momento. Há anos o Grêmio  não desfrutava de tal segurança. Há anos torcedores da minha geração esperam por um atacante  que nos faça esquecer Jardel. Quem sabe está aí, não “o” novo, mas sim “os novos” Homens-Gol do  Grêmio. Grande Borges, Grande André Lima!
ERRAR É HUMANO, INSISTIR NO ERRO É BURRICE: No 1º semestre do ano passado costumava-se  dizer na província que por muitas vezes o time do técnico Silas era escalado pelas lesões. A  incapacidade de ver coisas que estavam explícitas aos olhos era característica marcante do Pastor  que treinou o Grêmio com mãos de glacê. No time de Renato os erros estão novamente aí,  explícitos, mas (in)felizmente as lesões não retiram os erros do time e o comandante não enxerga  que certas peças estão mal dispostas (e escaladas) em campo. Gilson na Lateral esquerda e Carlos  Alberto na meia mais uma vez foram irrelevantes para o cenário da partida e exemplificam meu  argumento anterior. O 1º por deficiência técnica e o 2º por estar jogando fora de posição. Imaginem  Fabio Rochemback jogando de zagueiro. Imaginaram? É o mesmo sacrifício que Carlos Alberto está  fazendo. Ao invés de dar ritmo ao jogador, Renato está fazendo com que a paciência do torcedor  com o atleta se esgote em pouco menos de um mês de trabalho. O tiro está saindo pela culatra e  isso não é bom nem pro atelto, tampouco para o clube. A volta de Lúcio será muito bem vista.
ENFIM UMA BOA NEGOCIAÇÃO: A saída de Paulão foi vista com muito bons olhos por muitos  torcedores gremistas. A outrora “paixão” platônica pelos bicos, balões e carrinhos destrambelhados  do zagueirão, que muitas vezes era motivo de alegrias em quantia nos concretos gelados do estádio  Olímpico estavam dando lugar a desconfiança com a insegurança que aquele passava a cada partida  neste início de ano. Paulão crescerá jogando no exterior e o Grêmio tem tudo para melhorar com tal  perda. Ambos os lados ganham. Além de dar uma aliviada nos cofres (valorização de 100% na  negociação), a equipe de Renato encontra na experiência de Rafael Marques e no vigor de Mario e  Vilson três boas opções para ocupar o lugar que outrora era visto como cativo.
Coluna do Will

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SECAÇÃO À VISTA: Hoje temos uma noite interesssante em frente a TV. Jogam Santos, Fluminense e Cruzeiro. 3 dos 5 times brasileiros que estão na disputa de “La Copa”. O 1º vem de demissão de treinador e com ânimos alterados entre torcedores e jogadores; O 2º nitidamente enquadrado numa situação de não feder, nem cheirar (tratando-se do insosso Fluminense nada disso é novidade) e com a corda no pescoço por dois empates em casa ; o 3º vem de duas goleadas, cheio de glamour e com a “polpa” de grande time Brasileiro na competição até então. Gremista que almeja o Tri da América certamente terá um prato cheio hoje a noite. É hora de secar!

COM A GLOBO ONDE A GLOBO ESTIVER: Paulo Odone não confirma, muito menos toma partido, mas está nitidamente inclinado para assinar o pacote de transmissão das partidas do Grêmio com a Rede Globo de Televisão (ontem a noite já saiu nota oficial no site indicando que o Grêmio negociará diretamente com a emissora). Um fato que gera discussão e questionamentos. Seria o melhor caminho para ao clube Grêmio? Ficar ao lado de Fábio Koff e abrir novos horizontes para a transmissão televisiva não seria uma forma de revolucionar o “Cabresto Futebolístico Global”? E “os pontos” junto à CBF/Globo, a questão da Arena ser estádio da Copa. Seria esse o real interesse de Paulo Odone? Seja qual for o final, a forma que terminar tal novela precisa ser exclusivamente favorável ao Grêmio e mais ninguém. Politicagem, politicagem e mais politicagem.

O JOGO DO TRIMESTRE: Quinta-Feira o Grêmio terá o jogo mais importante do 1º trimestre até então. Enfrenta os peruanos do León de Huanúco e a vitória é essencial para qualquer pretensão dos azuis na competição Internacional. E por ironia do destino, para a partida mais importante do trimestre o Grêmio vai sem seu mais importante jogador (taticamente falando). Sem Lúcio o Grêmio perde velocidade, poder de marcação e contra ataque. Renato terá que “tirar um coelho da cartola” para escalar o Grêmio da forma mais parecida com a equipe que vinha jogando. É nestes momentos que treinadores mostram estrela, e isso o “Homem Gol” tem de sobra. Abracadabra, Portallupi.