Coluna do Will

288Passou-se o tempo em que os times de futebol jogavam seu jogo, pouco se importando com o que o outro time iria colocar em campo. O Futebol moderno necessita muito mais da coletividade do que da individualidade. O Santos de década de 60 jogava futebol brincando, sem preocupar-se em levar um, dois ou três gols, pois sempre marcaria cinco, seis ou sete. Hoje, o que vejo no Grêmio é algo semelhante (e por Deus, não entendam que comparo o Santos de 60 com este nosso Grêmio).

Após a vitória sobre o CAxias ontem, guardadas as devidas proporções, vi que nosso time hoje é uma boa compilação de jogadores que possuem individualidades muito interessantes e que provam a cada jogo que os torcedores gremistas podem esperar algo de bom para o decorrer do ano. Porém, longe destas individualidades está o nosso coletivo.

São dois jogos, é início de temporada, entendo perfeitamente, mas não vi ainda nenhum esboço por parte do Professor Silas em preocupar-se em compor o meio campo a fim de proteger a defesa. Muito pelo contrário, o vi se preocupar em deixar no time todos os “medalhões” com o intuito (acredito eu) de “ofensivar” a equipe a levando a vitória. Isso nem sempre irá acontecer, visto que nem todas as equipes possuem as deficiências que Pelotas e Caxias possuíam.

Não estou criticando nosso treinador (muito pelo contrário, pois sou um defensor de seu trabalho e acredito muito que possa nos dar títulos que almejamos), mas creio que o momento de pensar a coletividade é agora, nos jogos iniciais e não somente escalar o time pra frente, a fim de vencer a partida, sem se importar como que a equipe produziu propriamente dito.

Porém, acredito que Silas irá mudar seus planos. Com a chegada de Douglas, o time terá um articulador de natureza, que marca e que chega à frente. É mais um pra brigar pelas quatro vagas da frente. Souza, Hugo, Douglas, Leandro, Borges e Jonas. Se Silas entender e realmente honrar seu discurso de chegada, no qual afirmou que sabe da história e da tradição do grêmio enquanto equipe “brigadora” e marcadora que é e sempre será, destes seis citados anteriormente, quatro terão a honra de serem titulares. Resta saber quais serão.
Não é querer reclamar de barriga cheia, mas apesar da vitória e do bom futebol apresentado, ainda há desequilíbrio e ainda há brechas no meio campo. Sem meio campo continuaremos levando gols. Mais um volante, por favor.

Coluna do Will

Ano novo, vida nova.
2010 chegou e o site agora conta com algumas novidades.
Através de mim e de alguns outros companheiros de empreitada, vocês do “CamisasdoGrêmio” terão acesso a crônicas, manifestos, e artigos relacionados ao nosso Imortal.
Desde já me apresento: Chamo-me William Molinos, ou somente Will. Tenho 24 anos bem vividos de pura paixão irradiada ao Grêmio e através de minhas simples palavras pretendo trocar idéias e opiniões acerca de futebol, mais precisamente do Tricolor de Porto Alegre com vocês, caríssimos internautas.
Buenas, já que estou devidamente apresentado vamos ao nosso Grêmio.

É impossível sentar numa mesa de bar, em uma roda de amigos, ou mesmo com a sua namorada para falar do Grêmio neste início de 2010 e não citar o nome de Maxi Lopez.
A conturbada situação criada após as ásperas palavras do Vice de Futebol gremista em relação ao argentino (apesar de eu concordar com o cartola em gênero, número e grau) foram a pá de cal sobre qualquer possibilidade (se ela ainda existisse) de Maxi permanecer em Porto Alegre.
Meira não disse mais que a pura verdade sobre Maxi Lopez. Um bom jogador, importante para o grupo, mas não diferenciado, não um extraclasse. Talvez a forma que ele tenha colocado tais afirmações não soou bem, mas é um equívoco culpá-lo pela ausência de Lopez no plantel.

Presenciamos hoje em dia uma monstruosidade criada pelo mundo do futebol. Uma catástrofe financeira aos clubes. Uma perda imensurável quanto a identidade com os torcedores.
Atualmente, os clubes não possuem mais os jogadores em mãos. Muito pelo contrário, são os jogadores que possuem os clubes. Maxi ao chegar a Porto Alegre deixou claro que “queria fazer uma boa Libertadores e voltar à Europa”. SÓ. Ter jogado o Campeonato Brasileiro e marcado 12 gols já foi um grande lucro ao Grêmio que sabia sim da preferência do jogador pelas terras frias Européias. Pois preferimos nos enganar, acreditando que Porto Alegre seria o quintal de Buenos Aires e assim Maxi pudesse ficar mais alguns anos jogando pelo Imortal.

Isto que ocorre com Maxi não é algo relativo somente ao Grêmio. Vemos casos semelhantes acontecerem pelo país e cada vez mais se proliferar no futebol brasileiro. Adriano no Flamengo já disse que quer ficar no Rubro-negro até a Copa. Amor, gosto pelo Rio, pela torcida que canta e copia as músicas símias? Não, apenas uma vitrine mais expositiva ao técnico Dunga visando uma possível convocação. “Sondou-se” (Delcyr Sonda que me perdoe pelo infame trocadilho) a possível volta de Nilmar ao Inter apenas pra jogar a Libertadores e voltar a Europa. Um contrato inédito de 4 meses. Logicamente pelo amor que ele possui pelo Inter, diria um extraterrestre que não conhece nada sobre o esporte.
O futebol hoje em dia sofre nas mãos dos interesses dos jogadores, dos empresários e pasmem, até das mulheres dos jogadores.
Maxi continuará jogando num Estádio Olímpico, continuará vestindo azul, mas desta vez será bem longe de Porto Alegre.
Roma receberá você e sua modelo particular/contadora de histórias/profissional da felação de braços abertos, Maxi.
Vaya com Diós, Hermano.