Jogando em casa, tomando pressão, 2×0 contra. Um ambiente um tanto quanto propício para o Imortal Tricolor aprontar das suas. O time parece que começou o jogo desligado. Carlos Alberto e Gílson não se encaixavam. Gabriel também não estava bem. E o Caxias estava em noite inspirada. Numa bomba em cobrança de falta Itaqui abriu o placar (não lembrou o nosso velho Itaqui contra o Corinthians no Pacaembu em 1998?) e após tabela pela direita Gerley fez 2×0. O goleiro do Caxias fez boas defesas, mas não conseguiu segurar o chute do William Magrão que jogou muito ontem (Adílson que se cuide). Na segunda etapa só deu Tricolor, pressão contra o time grená, que se utilizou da catimba para passar o tempo. Não sou contra catimba, já que todo o time algum dia usufruiu desse método (inclusive o Imortal), mas o que os jogadores do Caxias fizeram é coisa de time pequeno. A cada substituição eles desabavam de dois em dois no gramado. Para bater um tiro de meta era um parto. E no lance da falta que eles ficaram tocando a bola um pro outro? Teve razão o Rodolfo em reagir daquela maneira. O árbitro acertou no tempo acrescentado, que ainda foi pouco. 1×2, 50 minutos, bola espirrada pela esquerda sobra para Rafa Marques que empurra pra rede. ISSO É GRÊMIO! Empatar um jogo perdido e levar a decisão para os pênaltis seria inacreditável. Pois essa palavra não existe no dicionário do Imortal Tricolor. Nos pênaltis alguém deveria ter avisado o André Sangalli que o Grêmio não é o São José, e que dançar sobre a linha não atrapalharia os jogadores Tricolores. E mais: o Grêmio tem Victor, o melhor goleiro do Brasil! Duas defesas magistrais! Coube a Lúcio fechar com chave de ouro uma noite que tinha tudo pra terminar em tragédia. Mas esqueceram que se tratava do Grêmio. Parabéns ao Imortal Tricolor pela conquista do primeiro turno do campeonato Gaúcho.
Leão enjaulado
Rapidinhas
- Jogo difícil, adversário retrancado, mas na Raça o Imortal conquistou a importante vitória contra os peruanos do León.
- Boa sacada da direção em dar três dias de folga aos jogadores, que estão bastante desgastados com a maratona de jogos.
- Borges marcou gols nos últimos quatro jogos e, aos poucos vai preenchendo o espaço ocupado por Jonas.
- Paulão foi vendido. Excelente negócio! O clube lucrou com a venda do jogador, e na minha opinião, melhorará o time com a entrada do Rafa Marques ou do Mário Fernandes.
- Por fim, o Imortal anunciou nessa semana que negociará direto com a rede globo os direitos de transmissão do campeonato brasileiro. Perguntas:
1- A globo transmitirá para o RS pelo menos metade dos jogos do Grêmio fora de casa no campeonato brasileiro?
2- A direção do Grêmio realmente se importa se os jogos passarão em TV aberta ou pay-per-view?
3- E mais, se porventura Santos e Fluminense forem eliminados na primeira fase da Libertadores, os jogos da Dupla GREnal e do Cruzeiro serão transmitidos para todo o Brasil?…
Resposta para as 3 perguntas: NÃO! O monopólio continuará. Até quando?
“Uma semana recheada de emoções”
SECAÇÃO À VISTA: Hoje temos uma noite interesssante em frente a TV. Jogam Santos, Fluminense e Cruzeiro. 3 dos 5 times brasileiros que estão na disputa de “La Copa”. O 1º vem de demissão de treinador e com ânimos alterados entre torcedores e jogadores; O 2º nitidamente enquadrado numa situação de não feder, nem cheirar (tratando-se do insosso Fluminense nada disso é novidade) e com a corda no pescoço por dois empates em casa ; o 3º vem de duas goleadas, cheio de glamour e com a “polpa” de grande time Brasileiro na competição até então. Gremista que almeja o Tri da América certamente terá um prato cheio hoje a noite. É hora de secar!
COM A GLOBO ONDE A GLOBO ESTIVER: Paulo Odone não confirma, muito menos toma partido, mas está nitidamente inclinado para assinar o pacote de transmissão das partidas do Grêmio com a Rede Globo de Televisão (ontem a noite já saiu nota oficial no site indicando que o Grêmio negociará diretamente com a emissora). Um fato que gera discussão e questionamentos. Seria o melhor caminho para ao clube Grêmio? Ficar ao lado de Fábio Koff e abrir novos horizontes para a transmissão televisiva não seria uma forma de revolucionar o “Cabresto Futebolístico Global”? E “os pontos” junto à CBF/Globo, a questão da Arena ser estádio da Copa. Seria esse o real interesse de Paulo Odone? Seja qual for o final, a forma que terminar tal novela precisa ser exclusivamente favorável ao Grêmio e mais ninguém. Politicagem, politicagem e mais politicagem.
O JOGO DO TRIMESTRE: Quinta-Feira o Grêmio terá o jogo mais importante do 1º trimestre até então. Enfrenta os peruanos do León de Huanúco e a vitória é essencial para qualquer pretensão dos azuis na competição Internacional. E por ironia do destino, para a partida mais importante do trimestre o Grêmio vai sem seu mais importante jogador (taticamente falando). Sem Lúcio o Grêmio perde velocidade, poder de marcação e contra ataque. Renato terá que “tirar um coelho da cartola” para escalar o Grêmio da forma mais parecida com a equipe que vinha jogando. É nestes momentos que treinadores mostram estrela, e isso o “Homem Gol” tem de sobra. Abracadabra, Portallupi.
“Uma Final que não retrata a realidade”
RESULTADO X PRODUTIVIDADE: Qualquer ser humano, que não seja Gaúcho, e que não tenha apreço pelo esporte bretão, ao abrir os jornais e ler que o Grêmio venceu o Cruzeiro por 4×2, carimbando seu passaporte para a Final da Taça Piratini, imaginará que o time que veste azul, preto e Branco está com muita “bala na agulha”, ou como diria o saudoso (sic!) Ratinho, “com café no bule”. Mas será que realmente o Grêmio está com esta “bola toda”? (me perdoem os bordões coloquiais). Será que a partida de ontem serviu para demonstrar que o Grêmio está “pronto” para enfrentar novos e maiores desafios. São questionamentos que se tornam pertinentes quando colocamos frente a frente o resultado final da partida e a produção do time de Renato Portaluppi na partida de domingo.
TESTES TEMERÁRIOS: Sem querer desmerecer o “charmoso” Campeonato Gaúcho, mas a Libertadores é um certame que merece maiores testes que aquele pode e está proporcionando. Utilizar somente o Campeonato Gaúcho como treinamento e base para tal competição já seria um equívoco tremendo, afinal a maioria das equipes deste certame regional são de nível sofrível. Agora imagine se estas mesmas equipes sofríveis estão proporcionando dificuldades (por vezes homéricas), a um time que está disputando uma Libertadores (salvo exceções como a de domingo, e aqui o Cruzeirinho merece uma menção honrosa pela bela partida e dificuldades que proporcionou ao Grêmio) . Se isso está ocorrendo, algo está errado.
ATÉ QUANDO? Novamente o Grêmio venceu. Novamente Renato chutou as garrafas de água e novamente a torcida ficou feliz. Glória. Mais uma final de turno e mais uma conquista ao alcance das mãos. Até quando o Grêmio sofrerá gols de bola alçada na área? Até quando Douglas continuará fora de forma jogando com displicência sendo que pode render em dobro? Até quando Bruno Collaço e Neuton serão reservas do sofrível Gilson? Até quando André Lima e Carlos Alberto serão sacrificados jogando fora de posição? Precisaremos perder o regional ou sermos eliminados da competição continental para que certas convicções furadas deixem de ser verdades absolutas?
ERRAR É HUMANO: Renato Portaluppi está de parabéns. Pegou um Grêmio quase rebaixado no início de Agosto e em pouco mais de 7 meses de trabalho classificou a equipe pra uma Libertadores, montou um grupo qualificado de jogadores e está na final do 1º turno do Gauchão, com vaga garantida na grande final se esta chegar a ocorrer. Muitas palmas para o Homem Gol. Merece todos as gratificações possíveis. Está crescendo enquanto profissional. Só falta aprender que como ser humano, também erra e que admitir tais erros, voltando atrás destes não é vergonha.
CARNAVAL: Esta folga de três dias que Renato dá a seus jogadores vem em boa hora. Após a partida decisiva contra o Léon de Huanúco, a equipe tricolor e seu comandante terão “um tempo” (juro que não estou imaginando que o carnaval do Rio é o principal causador destas “mini-férias) para pensar, refletir e “colocar alguns pingos nos is” (assim esperamos). Com a volta de Lúcio ao meio campo afirmado como jogador daquele setor e com as más atuações de Gilson, Carlos Alberto e André Lima (estes dois últimos nitidamente sacrificados por estarem fora de lugar) a equipe como um todo merece uma reavaliação. Entendendo-se que dois atacantes é idéia fixa de Renato e que este não abre mão de Lúcio no meio campo, assim como o inconstante Paulão na zaga creio eu que o time teria melhores resultados com a seguinte formação: Victor, Gabriel, Paulão, Rodolfo e B.Collaço (Neuton); Rochemback, Adilson, Lúcio e Douglas; Carlos Alberto (Escudero) e Borges. Vamos ver se a folga ajuda a clarear as idéias pelos lados da Azenha.