Coluna do Will

As 4 “utilidades” da derrota para o Novo Hamburgo

686Seja por pensamento na Quinta-feira, seja por desleixo ou mesmo por salto alto, o Grêmio ontem definitivamente não foi à Novo Hamburgo enfrentar o time homônimo da cidade (salvo algumas exceções). Porém, fazendo coro àqueles que dizem que “existe hora boa pra perder”, entendo que o jogo de ontem, além de nos dar um choque de realidade, serviu para vermos que algumas coisas precisam ser melhoradas e outras definitivamente abolidas numa hora crucial e que ainda aceita revéses. A meu ver, o jogo de ontem teve 4 utilidades pontuais. São elas:

1ª. O uso de 2 centroavantes de área jogando lado a lado: definitivamente nem André Lima e nem Borges sabem jogar saindo da área para buscar jogo. São atletas terminais, de finalização. Devem ser aqueles que dão o último toque na bola e não os que armam tal ação. O uso de um dos dois fora da sua posição acarretará no sacrifício de qual for o escolhido a sair da área. As vezes quantidade não significa qualidade. 1 centroavante com 5 meio campistas a meu ver cairia melhor no esquema e com as peças que temos.

2º. Rafael Marques é muito mais zagueiro que Paulão. Foram inúmeras as vezes que este último foi driblado ao natural pelos avantes adversários, seja na velocidade, seja nas deficiências técnicas nitidamente expostas. Sem falar nos incansáveis lançamentos que iam nas mãos do goleiro adversário. Já diria um o filósofo que “Errar é humano, insirtir é burrice”. Rafael Marques pode não ser (e realmente não é) um zagueiro que transfira uma confiança suficiente para ser titular da Libertadores (assim como Paulão, que somente é para grupo), mas com certeza, na disputa com aquele está a frente. O bom momento que viveu o “caveirão” no 2º semestre do ano passado parece ter sido somente uma fase. Só não enxerga quem não quer.

3º. Carlos Alberto mostrou que vontade aparentemente não faltará em sua passsagem pelo Grêmio. Não quero cometer o equívoco de avaliá-lo por apenas 90 minutos como vejo muitos comentaristas já afirmando que ele será dono do time, mas as primeiras impressões foram muito boas. Disposição, vontade, inteligência, visão de jogo. Resta saber até quando isso existirá e se este lado determinado não sucumbirá ao já conhecido (e temido) carlos Alberto do Vasco.
4º. Gilson não é lateral para vestir a camisa que já foi de Roger. Aquele que hoje está na beira do gramado auxiliando Portaluppi, deve ter calafrios quando o novo camisa 6 tricolor pega a bola e avança (ou tenta) pra cima dos adversários. Das duas, uma: ou ele perderá a bola de maneira pífia (eu diria dantesca), ou cruzará por fora nas mãos do goleiro. Lúcio (parando de firulas desnecessárias e atento na partida), Bruno Collaço ou mesmo Paulo Odone e AVM: Quem “pegar a 6” primeiro sai jogando.
Foi somente uma partida, eu sei, mas já tenho tal idéia talhada há algum tempo. O Grêmio que entrou em campo ontem possui nítidas falhas, porém nada que não possa ser corrigido. Longe de ter o pessimismo embargado na voz quando digo que nosso time precisa amadurecer para ser campeão da América, mas nitidamente o alerta precisa estar sempre ligado. Ontem perdemos numa hora boa. Tomara que os erros tenham ficado bem explícitos aos olhos de quem precisa vê-los, pois quinta os mesmos não serão mais tolerados.

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