Coluna do Will

681A Frase título de minha crônica poderia muito bem resumir e inclusive ser o texto principal destas linhas que se sucedem para vocês, caríssimos gremistas. O Grêmio de ontem teve uma noite infeliz em todos os sentidos que se possa imaginar. Sobrou segurança do que sabia e que podia jogar somados a arrogância e prepotência em certos momentos cruciais e faltou o principal: entrega, malandragem e capacidade de leitura de jogo nos momentos complicados e mais importantes da partida. Alguém pelo amor de Deus avise o Grêmio que Libertadores não é só “toque y me voy”.

Não adianta chorar, espernear ou falar aos microfones que o árbitro errou contra nós. Errou? Sim, errou. Não marcou um pênalti em Borges (pra dizer a verdade foi só um puxão quase que imperceptível), deixou a “cêra”do time da casa “correr solta” e o pior, não deu acréscimos nos fazendo crêr que estávamos em outro momento do futebol, em que os árbitros esperavam o jogo “acalmar” pra finalizar a partida, independente de ter tido ou não o famoso jogo parado. Uma palhaçada sem tamanho. Porém futebol é isso aí. Uma hora se erra contra (como foi ontem) outra hora se erra a favor (como foi contra os Bolivianos do Oriente Petroleiro). Por vezes, Libertadores se joga contra o adversário e contra o juiz. O time do Grêmio e seu treinador já deveriam saber disso.

O que não pode é o torcedor do Grêmio e mesmo a comissão técnica cometerem o equívoco de transferir toda a culpa do fracasso de ontem sobre o juiz. Isso seria “tapar o sol com a peneira”. O Grêmio de ontem não foi o mesmo Grêmio do 1º jogo, muito menos o Grêmio que jogou o 2º semestre do ano passado. O Grêmio de ontem entrou em campo pensando alto (muito alto), entrou em campo com a certeza de uma vitória que poderia sair com naturalidade, independente se do outro lado haveria uma equipe dedicada que impedisse isso. Muitos dirão que “esse é o pensamento, esse é o espírito, tem que ir pra cima”. O Santos na 1ª partida e o Fluminense nos dois primeiros jogos, assim como o Inter contra o Emelec são provas vivas e muito próximas de que nem sempre futebol se vence jogando pra cima independente do que o adversário estiver fazendo. O Grêmio de Renato precisa rever a forma como lê certas partidas. Possui jogadores rodados e com muita qualidade técnica e um treinador experiente que já tem história pra contar. Não pode cometer o mesmo equívoco que cometeu ontem.

Armar o time diferentemente a cada adversário eu concordo que acaba por ser um tiro no pé, mas não custa ter diferenciações no esquema tático visando comprender e ler cada partida como uma partida diferente. Renato precisa entender que o Grêmio não pode abdicar de “entender e ler” a partida como ela se apresenta e não como ela teoricamente deveria ser. O que se via em campo ontem era um Grêmio enfeitado, com toques rápidos e muitas bolas perdidas por puro preciosismo. Um time que acreditou demais no seu cacife e que não acreditou no que o adversário poderia lhe impor.
Nem sempre a qualidade irá se sobressair e é nestes momentos que entra a pegada e a malandragem, coisas que faltaram ontem e que nos mostraram que os “juniores” no confronto da madrugada passada não foram os colombianos.

Coluna do Quico

682

A numeração fixa já está se tornando comum entre alguns clubes brasileiros. E a Topper acertou em cheio ao proporcionar isso ao Imortal Tricolor, já que há tempos os torcedores vem solicitando isso. Na minha opinião, o clube vai vender mais camisetas, pois os ídolos terão identificação com o número da camisa. Acho que a 99 do André Lima será um sucesso. Com uma ressalva: Não se deve abrir espaço para que todos os jogadores escolham seus números, pois isso viraria uma bagunça, com proezas como 77, 82, 87, 65… Na Europa é comum os jogadores usarem os dois últimos algarismos do ano em que nasceram. Eu acho rídiculo. Por isso parabenizo a direção e a Topper, que fizeram uma numeração coerente do 1 ao 38 e concederam o pedido do André Lima. Um ou dois números “altos” (acima do 40) já estaria de bom tamanho. Acho que todos os clubes do campeonato brasileiro deveriam usar esse recurso, pois o mesmo valoriza e muito o certame. Também sou a favor da criação da Liga Brasileira, onde o campeonato seria organizado pelos clubes sem nenhuma intervenção da cbf$. Mas isso já é assunto para outro post. Logo abaixo está a lista com os números dos jogadores (lembrando que na Libertadores o Viçosa usa a 19, o André Lima a 21 e o Carlos Alberto a 22).

1- Victor
2- Gabriel
3- Paulão
4- Rafael Marques
5- Fábio Rochemback
6- Gilson
7- Vinicius Pacheco
8- Adílson
9- Borges
10- Douglas
11- Lúcio
12- Marcelo Grohe
13- Mário Fernandes
14- Vilson
15- Neuton
16- Diego Clementino
17- Fernando
18- Maylson
19- Carlos Alberto
20- Matheus
21- Leandro
23- Bruno Collaço
24- Escudero
25- Rodolfo
26- Saimon
27- Willian Magrão
28- Mateus Magro
29- Júnior Viçosa
30- Busatto
31- Roberson
32- Pessalli
33- Mithyuê
34- Lins
35- Wesley
36- Dener
37- Emerson
38- Edílson
99- André Lima

Coluna do Will

Os comandados do Sr. Renato Portallupi só podem estar querendo me derrubar. Este que vos fala, critica incansavelmente a utilização de dois centroavantes na equipe. No dia de ontem, como numa resposta as minhas duras palavras, Borges e André Lima, além dos gols, mostraram desenvoltura jogando juntos. Não sei até que ponto o adversário contribuiu para tal sucesso ou mesmo se é muito cedo pra avaliar se estou realmente equivocado. O fato é que estou caindo nos meus argumentos. Que bom!

684

Leandro, 17 anos, chuteiras rosas e futebol moderno. 18 minutos em campo mandando uma bola na trave e marcando um gol. Olho nele. O Grêmio a cada dia mostra que além de um belo time de futebol possui um elenco digno de sonhos grandes (Sim, grandes mesmo, bem maiores que a Taça Piratini, objetivo que por Hora é o principal). A base tricolor, somada aos reservas com currículo alçam grandes sonhos na mente dos gremistas. Leandro e sua bela estréia é o reflexo disso. Olho nele!

Quinta-feira o Grêmo será posto a prova. Enfrentará o adversário mais qualificado do grupo, fora de casa e precisando provar a si e para os seus torcedores que o futebol que tem apresentado não é fruto de mero acaso. Torço ferrenhamente para que Renato escale Adilson ao lado de Rochemback. A partida de ontem (assim como o 2º semestre inteiro do ano passado) mostrou que ambos são que nem Johnny e June, Batman e Robin, o Gordo e o Magro. Ambos juntos se completam de maneira impressionante. Alguém terá que sobrar deste time e provavelmente será um dos dois centro-avantes. Me arriscaria a dizer que Borges vai ter um descanso ao lado do treinador. Te vira, Renato.

Acompanho futebol desde os 7 anos de idade, sempre fui chato assistindo uma partida (meus amigos que o digam). Sou daqueles que detesto perder, critico quando tenho que criticar e elogio da mesma forma. Mas noção para comentar e avaliar como hoje avalio as partidas do Grêmio (com um olhar crítico, aprofundado, sem me deixar cegar pelo clubismo) aprendi a criar e dosar somente com o tempo. Digo sem medo nenhum de errar: desde 1996 este tem tudo para ser o melhor time que vestiu a camisa tricolor. “Analisem” comigo no replay [/Silvio Luiz]: Um dos (senão ‘O”) melhores goleiros do Brasil; Um lateral direito renomado e experiente com muita qualidade; Um zagueiro de futebol europeu e seguro; Um monstro na volância, dono do meio campo, identificado com o clube e capitão da equipe; Dois meias articuladores que seriam titulares em qualquer time do Brasil; Dois avantes que estão estre os mais oportunistas do país. Precisa mais? Sim. Belos passes e tabelamentos, jogadas ensaiadas, contra-ataques mortais, bolas aéreas certeiras, enfim, um vasto repertório. Quem duvida do Grêmio?

Coluna do Will

683
E o Grêmio Libertador está de volta. Dedicação, entrega, show da torcida e uma vitória importante na briga pelo Tri da América. A partida de estréia da nossa nova camisa (e que camisa) foi melhor do que podíamos imaginar (pelo que foi apresentado e pelo que conseguimos). Tais pontos em casa sempre são importantes para uma boa colocação na fase de mata-mata, visto que nosso arquirival conseguiu um pontinho importante fora de casa (sic!) e provavelmente irá fazer uma boa pontuação também.
Após o gol marcado num pênalti claríssimo (sic!) o time se soltou. Qualidades individuais se sobressaíram. Carlos Alberto e Douglas mostraram que podem ser uma dupla infernal. Victor voltou a mostrar segurança, Gabriel e Lúcio com muita movimentação e “A Rocha” Rochemback como sempre mandou no meio campo do time, sem falar em Rodolfo que parece ter nascido somente para jogar no Grêmio. Que zagueiro, Senhores. Porém nem tudo são flores. Tenho muito medo que vitórias como a de ontem iludam nosso treinador ao ponto de cegá-lo quanto aos “monstros” que ele insiste em manter vivos.
Novamente André Lima foi apagado. E não por fazer uma má partida, sem vontade ou sem dedicação. Esteve apagado por jogar (ou pelo menos tentar) num local onde não possui conhecimento algum que é o flanco. Novamente Paulão foi “raçudo” e seguro em algumas bolas como é de praxe, mas insistente quanto aos lançamentos burros que não levam a nada e desajeitado quando está sozinho sem perigo iminente. Novamente (tá, forcei) Gilson foi bem. Porém uma partida (e o gol ) não apaga as aproximadamente outras 10 más apresentações realizadas anteriormente.
Renato precisa avaliar melhor suas peças. Volto a repetir: as vezes quantidade não é qualidade. André Lima no banco como arma a ser usada num jogo em andamento pode ser muito mais rentável do que fora de posição, cansando e não contribuindo em nada em campo por estar deslocado. Paulão precisa ser orientado a ser mais calmo e menos impulsivo. As vezes a sua afobação acaba por estragar a bela partida que ele por vezes está realizando. Talvez Vilson seja sinônimo de mais segurança. Talvez. Apesar da bela partida entende-se que Gilson não é o homem da lateral esquerda. Lúcio ali, com outro atleta fazendo a sua função na meia (Escudeiro?) renderia muito mais do que esta inconstância que hoje existe naquele setor. São Pontos importantes que precisam ser revistos pelo nosso querido Homem Gol. E logo, visto que amanhã já temos a 1ª decisão do ano.
Assim como o jogo de Quinta-feira, a partida contra o Ypiranga tem ares de decisão no Olímpico. Um adversário teoricamente mais fraco, mas com bom potencial de marcação. A princípio não deve demonstrar muita resistência, mas não custa “abrir o olho” com o time que veste amarelo. Que seja Grêmio e que seja com bom futebol!
Jogos Inesquecíveis

 

0jogos 582O Grêmio Tetracampeão da Copa do Brasil iniciava a temporada 2002 com o objetivo de conquistar a América. Na primeira fase pegou um grupo com o boliviano Oriente Petrolero, o peruano Cienciano e o paraguaio 12 de Octobre. Após estrear com uma grande vitória contra os bolivianos por 4×2 em Santa Cruz de La Sierra, o Imortal viria para duas partidas seguidas no Monumental. Uma grande chance de garantir antecipadamente a vaga para as oitavas de final. Primeiro uma vitória por 2×0 contra o Cienciano. Em 28 de fevereiro, o Grêmio entrava em campo para enfrentar o Oriente Petrolero mais uma vez.Antes de rolar a bola, o árbitro (cego) constatou que a camisa listrada verde e branco do Petrolero, ficaria parecida com a Tricolor do Grêmio!  Como os bolivianos não haviam trazido um segundo uniforme, o Imortal teve que jogar com a terceira camisa, azul celeste com listras horizontais pretas e brancas. Rodrigo Mendes foi o nome do jogo marcando três gols, assim como no jogo de ida na Bolívia. Ele se tornaria o artilheiro da competição com 10 gols. O destaque vai para o segundo gol marcado pelo atacante Gremista. Fábio Baiano dominou pela direita e deu uma “lambreta” (ou carretilha) no zagueiro boliviano, deixando-o deitado e logo após cruzou para o meio da área quando Rodrigo Mendes concluiu a belíssima jogada. Após descuido da defesa, os bolivianos marcaram dois gols no final do jogo, mas não foram suficientes para apagar a vitória do Imortal, que ali se classificava para a segunda fase de uma Libertadores que só não ganhou porque foi roubado descaradamente na semifinal contra o Olímpia. O time que venceu os bolivianos no 3-5-2: Danrlei; Anderson Polga, Mauro Galvão e Roger; Anderson Lima, Fernando (Claudiomiro), Paulo César T., Zinho (Valdo) e Gilberto; Rodrigo Mendes e Fábio Baiano (Rodrigo Fabri). Técnico: Tite

Abaixo, a reportagem sobre o lance do Fábio Baiano:

http://www.youtube.com/watch?v=ecUDxNNAxoM