Coluna do Will

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A entrevista do Jonas ontem, após o seu show particular e à vitória de 4×0 do Grêmio sobre seu homônimo de São Paulo é digna de registro. Chorando, o atleta relatou a força da família para este momento importante o qual vive e deixou claro que esta bonança nem sempre se fez presente em sua estadia no Grêmio.

Qualquer um de vocês, caros leitores, lembrará dos maus momentos do “Mestre” no Grêmio. Lá no longínquo 2008, ano em que o Grêmio entregou o caneco pro São Paulo por falta de força ofensiva, lembram? Jogávamos com Marcel e Reinaldo, enquanto Jonas empilhava gols na Lusa. Em 2009 foi cogitado no estádio Olímpico que ele fosse usado como moeda de troca para trazer o lateral Victor do Goiás. De lá pra cá foram muitas vaias, muitas cobranças, o rótulo de “pior atacante do mundo”, compactuado por muitos e 69 gols (permitam-me colocar isto sentenciado e em caixa alta: SESSENTA E NOVE GOLS; Pronto). Hoje Jonas é o artilheiro máximo do campeonato brasileiro com 17 gols e curte os louros de seus grandes êxitos, que, diga-se de passagem, o impulsionam ao cargo de 8º maior artilheiro da História do Grêmio.

Por isso digo a esta atual gestão presidencial (e a próxima que virá) que reveja seu caixa, seus empréstimos, seus homens que bancam o futebol e que a partir daí meta a mão no banco e renove o contrato do Jonas. Isso não é um pedido deste mero colunista e sim uma ordem, bradada aos quatro ventos por toda uma nação tricolor. O Jonas merece esse reconhecimento (além do atleta o ser humano Jonas). Merece uma boa engordada de salário e um contrato longo. Merece tudo o que o Grêmio tem a lhe oferecer. Tudo e mais um pouco. Merece que toda a nação cante no estádio a canção que leva seu nome. Merece a artilharia do campeonato e uma convocação por Mano Menezes.

Grêmio, seja a “baleia” da história: Faça o Mestre assinar o papel e manter-se preso aqui até o fim da vida, afinal aqui a vida é mais fácil; nada incomodará o silêncio e a paz de Jonas enquanto ele se manter comprometido (grande Zé Rodrix).

(…)

Esqueci de algo?

Ah, sim, a partida de ontem. Precisa falar algo? Acho que não né? Jonas 3x e Grêmio rumo ao G3!

“Salud a todos los amigos de tricolor de Porto Alegre”

Coluna do Will

Já fazem dois anos que posto na comunidade do orkut Grêmio-Vip algumas projeções referentes ao Grêmio e suas ambições no campeonato Brasileiro. Como em 2008, tal tópico continua a dar sorte e por assim ser, trago aqui a vocês tais números e o sonho que compartilho com vocês, caros tricolores.

Eis os números (nossa, agora me senti o locutor das notas do Carnaval do Rio, aquele que diz EisXxx asX NotasSxX,hahaha):

A Pontuação média do 3º colocado nos 3 anos anteriores (2009, 2008 e 2007) foi de 64 pontos. Teoricamente teríamos que torcer para o Grêmio alcançar esta pontuação para que assim possamos ter a vaga garantida na Libertadores. TEORICAMENTE. Na prática duas outras situações podem acontecer: A pontuação do 3º não ser 64 e sim menor (61 no mínimo) ou a pontuação do 3º ser maior (67, 68 talvez, no máximo). Para efeitos de esperança pensaremos que a pontuação do 3º fique entre 64 e 61, ok!?
Pois bem, como isso acontece? Teríamos que torcer a partir de hoje para que 2 dos 4 times que estão na frente (Fluminense, Corinthians., Botafogo e Cruzeiro) comecem a trocar de posição, ou seja, perder pontos bobos e marcar passo. Também podemos escolher duas equipes para azarar diretamente (minha dica seria Corinthians e Cruzeiro), afinal o Botafogo já demonstra sinais de fraqueza e não deve segurar e o Fluminense caminhará a passos largos pra taça. Claro, lembrando que essa “azaração” só valerá se o Grêmio fizer seu papel, ou seja, vencer 8 partidas e empatar uma. Assim alcançaria os 64 pontos. Dessa forma ainda poderia perder duas partidas.

Resumo da ópera:
Se o Grêmio quiser ir pra Libertadores com 64 pontos, sem depender de crimes, precisa ganhar 8. Pode perder 2 e empatar 1;
Se o Grêmio quiser ir pra Libertadores com 61 pontos, precisa torcer que os líderes empaquem e troquem de posição, marcando passo. Assim Precisa ganhar 7. Pode perder 3 e empatar 1.
Ok, mas onde entram os tais mini-campeonatos?

Dividindo os jogos restantes até o fim do certame, encontramos o Grêmio diante de três competições diferentes, ou três pequenas decisões. Utilizando a idéia dos números já citados a situação do Grêmio seria a seguinte:

MC I – 9 pontos
Vitória (F) – 3pt – Já conquistados
Prudente (C) – 3pt
Vasco (F) – 0 pt
Cruzeiro (C) – 3pt

MC II – 9 pontos
Inter (C) – 3pt
Fluminense (F) – 0 pt
Goiás (F) – 3pt
Ceará (C) – 3pt

MC III – 10 pontos
Santos (F) – 1 pt
Atlético-PR (C) – 3pt
Guarani (F) – 3pt
Botafogo (C) – 3pt

Não é nada fácil. Nunca foi. E não será diferente. Resta termos Gremismo suficiente  pra acreditar e torcer.

Vamos!

Coluna do Will

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Salvador, 40º graus, cidade maravilha purgatório do Vitória e do caos. Não, eu não estou enlouquecendo e mudando a célebre música de Fernanda Abreu. O jogo que o Grêmio encarou nesta tarde de sábado na Bahia contra o anfitrião Vitória rendeu muito mais do que a alegria por uma vitória de 3×0 e uma subida na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O jogo foi um caos. Um caos de passes errados e jogadas mal feitas debaixo de um escaldante sol de quase 40º.

Muitos dirão que estou “corneteando”, me desculpem, não é minha intenção, mas fatos são feitos para serem mostrados e salientados quando estes ocorrem tão nitidamente como foram os acontecimentos da partida deste fim de semana.

O Grêmio jogou mal. Isso é um fato. A vitória por três a zero não condiz com o que foi apresentado e isso é outro fato. Porém o Grêmio parece que encontrou o caminho da felicidade, a trilha dos tijolos dourados, a urna do ouro sagrado ao demonstrar não futebol e grandes jogadas, mas vontade, determinação, marcação, entrega e raça. E isso também é um fato.

Não foi uma partida de encher os olhos. Como sempre Victor esteve perfeito quando necessitado. Gabriel foi um dos melhores em campo, assim como a zaga instransponível de Ozéia e Neuton. Estes citados, eu confesso não lembrar de erros para elencá-los a você, caro leitor. Porém o nosso meio, totalmente remendado com laterais e atacantes fazendo funções que não são familiares foi muito mal. Talvez a resposta para tal fato esteja justamente nesta linha acima a qual escrevi: improvisação e a conseqüente falta de entrosamento. Não havia também nenhuma ligação entre ataque e defesa. Faltou o armador das jogadas, a cadência e mais uma vez o Grêmio prova que a engrenagem não gira se não possui óleo (aqui se lê Douglas). Renato precisa garimpar um substituto pro camisa 10, justamente para ocasiões como as de hoje à tarde as quais não tínhamos substituto a altura. Talvez a base ainda não utilizada? Quem sabe Pessali? Enfim…

(…)

No ataque o “Mestre” esteve tão solitário que parecia pertencer a um exército de um homem só (Ah, literalmente visto que Jonas não largou a bola em nenhum momento pros colegas). Diego na 2ª etapa deu um pouco de movimentação pelos flancos e assim fez com que a equipe sai-se um pouco da pressão. Foi de fundamental importância, visto que foi o autor do gol do desafogo.

Enfim, a partida não foi um primor (principalmente no que nos referimos aos meninos do olímpico (detesto esses apelidos chama-imprensa). Porém não é o momento de crucificar os jovens meninos que entraram numa fogueira e conseguiram trazer os 3 pontos de uma partida que parecia se encaminhar para um triste sábado de sol (hoje estou musicalmente sarcástico, não!?). Puxa-se as orelhas, ajeitam-se os erros e bola pra frente.

O Grêmio hoje foi um poço de entrega e determinação. Raça pura para conseguir os 3 pontos. Superou todas as dificuldades que ali estavam e mostrou que voltou a ser Grêmio. Raça, essa é a palavra.

ps: falando nisso, qual a raça do teu cachorro, Souza? Gremista? Se sim concordo contigo. Raça é realmente coisa de cachorro.

Coluna do Quico

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Tudo bem que a equipe Tricolor tinha muitos desfalques por cartões e lesões, e que o meio-campo estava totalmente descaracterizado. Mas a atuação poderia ser um pouco melhor. Houve vários erros de passe na intermediária, o que caracteriza perigo de gol para o adversário, principalmente fora de casa. Se o Vitória tivesse um pouco mais de qualidade, poderia ter complicado a partida. Mas quando a fase é boa, tudo ajuda, e mesmo não tendo uma boa atuação, o Imortal contou com um pouco de sorte no gol de Maylson, que após uma falha da zaga, só completou pra rede. Detalhe: o garoto teve sangue frio para bater de primeira e acertar um belo chute, já que se tivesse dominado a bola, não faria o gol. No segundo tempo, a pressão foi toda dos baianos. O Grêmio praticamente não atacou. Poderia ter tido chances melhores, se não fosse por Jonas, que foi “fominha” em alguns lances, deixando de passar a bola para companheiros mais bem colocados em algumas situações. Os pontos positivos da partida: A grande atuação do Gabriel, que foi o craque do jogo, o atacante Diego “iluminado”, que mais uma vez estava no lugar certo e marcou o seu gol, a bomba do Edílson após boa jogada de Gabriel, e a dupla de zaga Ozéia e Neuton que apesar de desentrosados, fecharam a defesa Tricolor. Vale destacar também o treinador Renato, que soube armar a equipe com o que tinha à disposição, além de mexer bem no time no segundo tempo. O ponto negativo foi a lesão do Saimon, que estava começando a ter chances no time. Pelo contexto da partida, o resultado de 3×0 foi espetacular, mas a equipe deve manter os pés no chão, para não sermos surpreendidos dentro de casa no meio da semana. Para a partida contra o Prudente, voltam os jogadores suspensos. Teremos a ausência do Victor que estará na Seleção. Creio que nos próximos dois jogos, o Marcelo Grohe dará conta do recado. Vamos lotar o Olímpico na quarta-feira, sempre apoiando o Imortal, para mais uma importante vitória no Campeonato Brasileiro.

FOTO: Jornal A Tarde/ Salvador

Coluna do Quico

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Foi uma bela vitória do Tricolor. Apesar do susto de ter cedido o empate, e dos erros de arbitragem (não consegui ver pênalti no lance marcado a favor dos paulistas), o Grêmio mostrou uma postura correta em campo. Mais uma vez eu digo que a vitória poderia ter sido mais tranquila, se não fossem desperdiçadas algumas chances de gol, além de alguns pequenos “deslizes” na marcação. Tivemos algumas surpresas: a ótima atuação do Lúcio meio-campo, o lateral Gílson que finalmente “estreou”, o atacante Diego que mostrou ter estrela ao estrear com gol, e o zagueiro Paulão, que apesar de não ser um primor tecnicamente, não se envergonha de fazer o simples e dar balão pra frente quando necessário. Destaque também para o André Lima, que fez dois gols de centroavante, para o Douglas, que vem comandando o meio-campo, e para o Jonas, que finalmente fez um gol de pênalti. Com essa vitória por 4×2, parece que finalmente foram exorcizados os fantasmas que rondavam o Monumental. Em Salvador contra o Vitória, a equipe terá muitos desfalques, e o jogo será dificílimo, tendo em vista que a última vez que o Tricolor venceu no Barradão foi em 1999. Mas com a nova postura da equipe jogando fora de casa, tenho certeza de que empenho não faltará, para conquistar os três pontos.