Coluna do Will

674UMA TARDE INSPIRADA: O time reserva que enfrentou o Porto Alegre na tarde de ontem nem de longe lembrou o mesmo time reserva que perdeu para o Cruzeiro-RS (tanto na escalação como na disciplina tática dos jogadores). É difícil afirmar se o êxito tricolor se deve mais ao fato do adversário ser uma das piores equipes do certame ou se o inconstante elenco tricolor teve novamente uma tarde inspirada. A equipe que venceu o Porto Alegre de Assis mostrou ter boas opções para o decorrer do ano e da Libertadores.

AUMENTA A CONCORRÊNCIA: Escudero estreou de fato. Fez uma belíssima partida, movimentando-se, aparecendo para tabelamentos e marcando gol(aço). Mostrou seu cartão de visitas para a torcida e para o técnico. Assim como Junior Viçosa (seu companheiro de ontem com também boa apresentação) e Carlos Alberto (que parece ter rendido mais quando teve oportunidade no ataque), Escudero entra na briga para uma das vagas do ataque. O tímido Argentino, de fala mansa e futebol agressivo finalmente mostrou as garras. Que seja assim na maioria dos dias que aqui estiver.

A CULPA É DE QUEM? Renato Portaluppi joga palavras ao vento, afirmando que “querem tumultuar o vestiário do Grêmio”. Caríssimo treinador, ÍDOLO: A única pessoa que tumultuou o vestiário foi o Senhor após ser inconsequente e leviano,informando a um jornalista que poderia assumir o Fluminense. Admitiu que errou, mas insiste em achar pêlo em ovo. A poeira parece ter baixado, mas a crista não. Quanto mais($$) para Renato balançar de novo e esquecer deste “amor” pelo Grêmio?

PULSO FIRME: Finalmente, Sr. Paulo Odone. Perdeu a novela Ronaldinho, viu seu melhor atleta voar para a Europa por que não se dedicou na negociação e não demonstrava ação ao ver o time apresentar um futebol medíocre, jogo após jogo. Resolveu agir: Colocou Renato na parede após o tumulto, desceu ao vestiário e nitidamente exigiu que garotos da base tivessem mais oportunidades (o que ficou nítido nos ingressos de Fernando, Mithyuê e Pessali na partida de ontem). Sem falar no bastidor, colcoando o Grêmio com força na briga pelo estádio da Copa, A era da “bundamolice” (termologia usada pelos “Odonistas” na gestão de Kroeff) parece estar com os dias contados (ironia do destino, não?). Paulo Odone mostrou pulso. Resta saber se é apenas faxada ou não.

1971

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Fotos: Robson Polga

Conforme comentário do amigo Guido Leindecker, que jogou contra os juvenis do Grêmio em 1971, na época usavam uma camisa como esta das fotos, portanto, acreditamos que ela seja mesmo de 1971. Obrigado Guido!

Quer ajuda para descobrir o ano de alguma camisa? Mande fotos para camisasdogremio@hotmail.com que se não soubermos postaremos aqui.

Coluna do Will

Provocação aos colorados mascarou a péssima atuação de Carlos Alberto e do time como um todo
Provocação aos colorados mascarou a péssima atuação de Carlos Alberto e do time como um todo

TROTE NA TORCIDA: O caso Kajuru parece ter afetado o time tricolor na partida contra o modesto León. Um time apático, errando muitos passes, aparentemente sem vontade e desligado do jogo. Foi isso que se viu no confronto de ontem (confronto este que praticamente enterrou as possibilidades do Grêmio de ser 1º do grupo, visto que o Junior de Barranquila venceu o fraco Oriente Petrolero e só com um milagre deixará escapar a 1ª vaga). A “brincadeira”(sic!) de Renato com Jorge Kajuru (que diga-se de passagem adora brincar, tanto escalando por “peixaria” como mexendo mal) custou caro ao desempenho da equipe. A torcida que esperava uma boa partida da equipe ficou a ver navios. O time parece ter sentido o “ar pesado”, não da altitude, mas o da relação que aparentemente ficou estremecida entre treinador e clube. Não fique triste, Jorge Kajuru. O trote não foi uma exclusividade sua. Ontem foi a nossa vez.

SE SOMOS ASSIM, NÃO É POR ACASO: A péssima atuação da equipe tricolor ontem a tarde colocou o Grêmio na eminência de enfrentar um dos 1º colocados na fase de mata-mata. É o que nos resta. Em 2009 enfrentamos times fracos na 1ª fase, goleamos, vencemos, tivemos a melhor campanha e erámos vistos como sensação na competição até a semifinal. Quem pararia o poderoso Grêmio? Aparentemente a América estava ali, nos dedos. Estava. Na primeira equipe mais “ajeitada” por assim dizer, faltou malandragem, faltou futebol e faltou LAPIDAÇÃO. O Grêmio foi eliminado por falta de “testes” mais qualificados. Este ano a coisa anda por um caminho diferente. Ao enfrentar equipes mais fortes na próxima fase (situação que fica exposta com o 2º lugar do grupo) o Grêmio poderá se lapidar como time que concorre a algo (por mais que seu futebol por enquanto não retrate isso). Em trajetórias vitoriosas de outrora sempre enfrentamos grandes equipes, realizamos partidas memoráveis, decidindo fora e sofrendo até o fim. Assim foi e sempre será com o Grêmio. Utilizando outro exemplo, em 2007 (por mais que o desfecho não tenha sido o esperado) enfrentamos grandes equipes (Cerro Portenho, São paulo, Santos) antes da grande final. Eliminamos estes concorrentes e chegamos “lapidados” na final. Infelizmente faltou futebol.
Quem sabe esta situação semelhante que se desenha para o Grêmio em 2011 não seja benéfica? Com o Grêmio tudo foi sempre na dificuldade. “Se for pra ser campeão, que seja da maneira mais difícil”. Esta frase dita por Jardel após levar 5×1 do Palmeiras, em partida histórica válida pelas Quartas de final da Libertadores de 1995 retrata nossa atual situação. Futebol ao Grêmio de 2011 não falta. O que falta é organização e lapidação. Será na raça, na vontade e na camisa. Sempre foi e sempre será assim. Isso é Grêmio!

Coluna do Will

Everton em 2007, marcando pelo Grêmio na 1ª fase da Libertadores
Everton em 2007, marcando pelo Grêmio na 1ª fase da Libertadores

Quando Jonas deixou o Grêmio, em meados de 2008 para defender a Portuguesa e buscar novos horizontes e oportunidades muita gente duvidou que ele poderia voltar, visto que na sua passagem pelo Grêmio e por outros clubes ele definitivamente não vingou. Ele voltou e como se não bastasse apenas fazer seus gols como atacantes geralmente fazem, sagrou-se como 5º maior goleador da história do Grêmio. Veio e venceu! A vida e o Grêmio deram uma segunda chance a Jonas que soube usá-la a seu favor. Com a sua saída do Tricolor, somada a atual recente lesão de um dos avantes tricolores, mais uma vez o destino contorna com cores vivas uma história que pode ter caminho semelhante.

Após passagem apagada pelo Internacional, o atacante Everton, ex Grêmio, se destaca jogo após jogo no Caxias por sua velocidade e poder de decisão. Há quem diga que ele é o jogador que se encaixaria como uma luva no atual esquema do Grêmio (tanto por ser fisicamente parecido com Jonas, como pela lesão que afastará André Lima dos gramados por quase 2 meses). É um jogador que teve seu momento no Grêmio e foi buscar novos ares. Está mais maduro, evoluiu e é totalmente diferente daquele atleta que jogou na Libertadores de 2007. Se direção procura um atacante para ser parceiro de Borges, cabe a investida. Lembrem-se: quando Jonas voltou, muitos torceram o nariz e foram obrigados a ceder ao potencial que Jonas demonstrou. O Grêmio precisa de um atacante de drible e velocidade, pois não possui isso no elenco (como ficou evidente na derrota para o Cruzeiro no sábado). Uma investida forte sobre tal atleta é totalmente válida. É novo e possui potencial. Seria Everton um “Novo Jonas”?