Coluna do Quico

Vitória indiscutível. Atuação incontestável. Merecidamente a Celeste Olímpica conquistou a Copa América pela 15° vez. Na Raça Charrua acima de tudo. Principalmente no jogo contra a Argentina. Parabéns Uruguai! Uma seleção que mostra a verdadeira Raça no futebol, e não uma bando de firulas que não levam a nada.

PS. Quem dera o Grêmio se espalhasse na Seleção Uruguaia e voltasse às suas origens, de time Copeiro e brigador. Pelo contrário, o que vemos hoje são: direção amadora, altíssimos salários e jogadores acomodados.

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Belíssimo jogo! Grande vitória! Nos pênaltis o Uruguai superou a qualificada seleção da Argentina dentro de seus domínios. Na dificludade de jogar boa parte da partida com um a menos e nas grandes defesas do goleiro Muslera, se mostrou presente mais uma vez a Raça uruguaia. Avante Celeste! Só faltam dois jogos para o título!

Foto: Marcos Brindicci/Reuters

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Gilberto Silva comemora. FOTO: correio do povo
Gilberto Silva comemora. FOTO: correio do povo

Não foi uma bela atuação. Mas foi o suficiente para começarmos quem sabe uma reação no campeonato brasileiro. O Coritiba também vem mal das pernas, por isso eu frisei “quem sabe”. Não adianta nada ganhar dos paranaenses em casa e continuar perdendo fora. No próximo domingo, dá pra ganhar do Figueirense em Floripa, mas o time terá que jogar mais. No jogo de hoje a Raça de alguns atletas se tornou evidente. Gilberto Silva é o exemplo. Que baita profissional! Um cara das antigas, que ainda tem amor à camisa. Só pelo jeito que ele comemorou o gol, dá pra ver que ele vai fazer de tudo para tirar o Tricolor dessa situação ruim. O segundo exemplo é André Lima, o guerreiro Imortal, que está voltando de lesão e a cada jogo vai recuperando o ritmo. Marcou um belo gol depois da deixada do Douglas. Escudero também jogou muito, com belos dribles e arrancadas. Mário fez a dele pela direita e o Leandro deu bons dribles, apesar de eu achar que ele cai demais. Vale ressaltar a atuação do Marcelo Grohe, que quando exigido fez boas defesas. Gabriel e Rochemback não foram bem. Todos sabem de suas qualidades, mas há alguns jogos os dois não tem conseguido atuar no mesmo nível dos outros. Vamos dar um tempo pra eles se recuperarem. Cabe ao professor Julinho avaliá-los nos treinamentos. Também cabe a ele encontrar a solução para a lateral esquerda (já que o Neuton está de saída). Eu acho que o Lúcio deveria voltar a lateral dando lugar ao Escudero no meio. Assim como defendo o Miralles no ataque e o garoto Leandro entrando no segundo tempo, para fazer a “correria”. Mas como eu disse, é tudo com o professor. Boa sorte Julinho! Avante Tricolor!

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Impossível. Essa é uma palavra que não existe no dicionário da Seleção Uruguaia. Por isso que os admiro. E não estou dizendo isso agora que o Brasil foi eliminado. Nunca tive tanta vontade de torcer pelo Brasil. Amo o país em que vivo e me orgulho de ser brasileiro, mas o clima de oba-oba que se cria todas as vezes que o Brasil joga, e várias convocações de jogadores medianos considerados craques pela mídia, me deixam sem vontade de torcer pela nossa Seleção. Mas também não torço contra. Nada fará com que eu torça mais por alguma outra coisa do que pelo Imortal Tricolor dos Pampas. Nessa Copa, apóio o Uruguai. São eles que tem o futebol mais parecido com o do Grêmio. Não precisam de craques, nem de firulas para vencer os jogos. Praticam um futebol de resultados, não importando se jogam feio. Vencem jogos que pareciam perdidos. Um exemplo é a decisão da Copa de 1950 no Maracanã. Criou-se um imenso clima de “já ganhou”, e o Uruguai, sem alarde, calou 200 mil torcedores. Mais recentemente, em 2002, a Celeste saiu perdendo de 3×0 para Senegal na última rodada da primeira fase. Voltaram para o segundo tempo com uma Raça incrível e empataram o jogo, numa grande apresentação de Forlán e Richard Morales (que passou pelo Grêmio em 2008). Pena que não conseguiram a classificação, pois precisavam da vitória. Antes de começar essa Copa, eu dizia: “o Uruguai vai surpreender”. Muitos não acreditavam que os Charruas passassem da primeira fase, mas eles chegam às semifinais com boas chances de desbancar a Holanda (que não é tudo isso). A partida contra Gana foi heroica. Os africanos também mostraram em campo uma Raça incomum (é o que falta pra Seleção Brasileira). Após tomar um gol no finalzinho do primeiro tempo, o Uruguai foi buscar a igualdade com o goleador Forlán numa cobrança de falta. O jogo seguiu muito parelho, com chances dos dois lados. Inicia-se a dramática prorrogação, com a equipe africana jogando melhor. Mas o Uruguai não se entrega. Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, num bate-rebate na área, o atacante Suárez tirou com a mão uma bola que entraria no gol e eliminaria a Celeste. O que faz um jogador tomar tal atitude sabendo que seria expulso? A Raça. A vontade de sempre acreditar. Quem sabe o goleiro pega? Não pegou. Foi no travessão. Uma pena para o povo africano e para o atacante Gyan. Mas ainda tinham as cobranças de pênaltis. Dessa vez Gyan marcou, no ângulo. Mas o Uruguai não desiste. E o goleiro Muslera, mesmo não sendo um dos melhores, pegou duas cobranças. E na última cobrança do Uruguai, mostrando uma frieza incrível, Loco Abreu deu uma “cavadinha” na bola e só escorou pra rede, classificando a Celeste Olímpica para as semifinais depois de 40 anos. Sem dúvida foi o jogo mais emocionante da Copa. Avante Uruguai! Em busca do Tri!