Coluna do Will

“Em boca fechada não entra mosca”

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Quarta-Feira, 2 de Fevereiro de 2011. Adilson vai inverter uma bola de 15 metros e erra um passe importante que nos faz perder um contra ataque importante. Já eram passados mais de 30 minutos da primeira etapa quando Renato, ao ver tal “crime imperdoável” ao bom futebol saca Adilson para colocar em campo o predestinado Vinícius Pacheco. Bom, o fim não irei perder tempo discorrendo pois todos conhecemos e alegremente nos relembramos.
Buenas, Ijuí, 9 de fevereiro de 2011. Roberson incansavelmente erra passes e perde bolas infantis no jogo. Tem seus bons momentos na partida (assim como Adilson também os teve uma semana atrás), mas muito mais apagado do que participativo, Renato insisti no jogador até que em meados de 25 minutos do 2º tempo o substitui Por Mithyuê.
Onde está a coerência? Onde está o mesmo punho de ferro. Não defendo este jeito explosivo do Renato (muito pelo contrário, acho que ontem ele acertou em deixá-lo em campo), mas o que vale para um deveria valer para os outros.
Não é de hoje que vejo que algumas atitudes de nosso treinador acabam por ir contra aquilo que muita gente (inclusive ele) defende. Muitos dirão que o jogo de quarta passada era decisivo, precisava de uma resposta rápida, mas eu discordo veementemente. Discordo quando vejo um treinador sacar um volante que é um dos melhores jogadores da equipe para armar “faceiramente” o time com um meia atacante improvisado somente por que aquele errou alguns passes que na ótica do treinador não poderiam ocorrer. Foi um ato de muita mão divina o Liverpool perder um jogador e o Grêmio, então com mais volume, tomar conta do jogo e virar a partida, rumando para a fase de grupos da Libertadores. Sendo assim, ontem não se esperava outra atitude de nosso treinador se não trocar o atleta. Porém o que vimos foi uma insistência num jogador que além de não estar rendendo, impossibilitava que o ataque pudesse render, inclusive sacrificando o bom e lutador Borges que nada pode fazer pois não tinha com quem tabelar. Ontem, era muito mais justificável a saída do Roberson do que quarta feira passada a do Adilson.
Renato precisa fechar mais a boca, trabalhar na surdina, unir o grupo e não desmontá-lo. Precisa deixar de ser impulsivo, deixar de falar o que pensa a hora que quer. Ontem novamente na coletiva após a partida ele voltou a cobrar a direção com inscrição de Carlos Alberto até amanhã para que este possa jogar no Domingo contra o Novo Hamburgo. Publicamente. Não bastasse os quase 10 minutos que ele perdeu antes de entrar em campo na partida de ontem respondendo perguntas sobre uma possível briga ou atrito com a direção, não bastasse a bateria incansável de perguntas da imprensa durante a semana inteira, martelando nesta “birra” que ele “supostamente” mantém com o Sr. Antonio Vicente Martins, nosso treinador ainda reforça a cobrança, novamente em público.
É assim que desmoronam bons trabalhos. É assim que grupos se esfarelam, equipes fracassam e treinadores perdem seus cargos. Preferência ou implicância com jogadores, frases soltas no ar sem necessidade e atrito entre dirigentes e treinador somente fazem mal ao Grêmio. Ou Renato fecha a boca ou quem comerá mosca seremos nós (e o Grêmio).

4 Comments to ““Em boca fechada não entra mosca””

  1. Gabriel Vieira

    Cara, o Adilson é lamentável. É o Nunes loiro. Erra tudo que é passe, se arrasta em campo, não lança, não chuta… joga bem em jogos de gauchão, onde o nível técnico é lamentável.
    O Renato já se deu conta disso e vai sacar o Adilson do time, para o bem da equipe.

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  2. Mateus

    ah meu, deixa de ser chato cara, fica procurando motivo pra criticar o Renato. De certo tu deve ser daqueles que queria o meio campo do Grêmio so com volantes. Com o Renato o Grêmio tem jogado um futebol de encher os olhos (esse ano ainda ta faltando o ritmo de jogo), marcando muitos gols, jogando com inteligencia e parando o adversario jogando bola, nao dando pancada. E naquela circunstancia precisava mecher no time pois o Grêmio passava por dificuldades no jogo e o Adilson não estava bem, assim como o Fábio R., mas nao dava pra tirar os dois. São duas situações diferentes o jogo de Íjui e o do Liverpool….

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  3. Fernando Tricolor

    Concordo, acho que o Renato ainda tem lampejos do mesmo comportamento quando era jogador do Grêmio. A torcida só enxerga o lado bom, os gols, os títulos, mas não sabe quanto a diretoria lutou para manter o Renato, tentando disciplinar sua conduta.

    Acho que aquela lição no Fluminense foi aprendida, de não prometer título para a torcida.

    Você tem razão que o jogo não estava fácil, mas o Renato tem mostrado estrela, alguns tem aquilo apontado pra lua, no caso do Renato está apontado diretamente para lua. O Vinícius Pacheco teve os 15 minutos de fama, duvido que ele venha a ser titular, no máximo será relacionado.

    Quanto ao jogador Adílson, acho ótimo jogador, o problema que quando joga mal uma partida, a torcida pega no pé. Ele tem bom passe, bom na marcação, se cansa é porque corre o campo todo. Não sei como tem gente que não enxerga isso.

    É isso aí… abraço e saudações tricolores!

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  4. José Fábio

    Lamento pela tua coluna, mas, Renato – o Único tem razão e convicção no que faz. Eu acho o Adilson, ainda, muito aquém do que pode render – o mesmo tem que ter mais atitude e sorrir mais, porque acho com o semblante muito fechado – origem alemã – e isso fica muito contra ele. Antes de questionar Renato, o Único, cobre das gestões de Cacalo, Guerreiro e Obino que quase afundaram o nosso Imortal – essas imundícies tem que pagar as dívidas deixadas desde 1997 – assim teremos nossas finanças estabilizadas.

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